segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Sábados no IGL

Audições a ter lugar no IGL no próximo sábado, dia 27 de Fevereiro:

14h
Classe de Piano da Prof. Karina Axenova (Sala 6).
15h
Classe de Educação Vocal (1º ano) da Prof. Elsa Cortez (Sala 6).
Classe de Flauta de Bisel da Prof. Ana Rita Ramos (Sala 28).
16h
Classe de Piano do Prof. Eurico Rosado (Sala 6).
17h
Classe de Educação Vocal (2º Ano) da Prof. Elsa Cortez (Sala 6).

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Masterclass de Órgão

Entre os dias 25 e 27 de Fevereiro o Instituto Gregoriano de Lisboa (IGL) promove uma Masterclass orientada pelo Prof. Stefen Baier cujo tema será: "Nicolaus Bruhns - Integral das obras para Órgão".

Destinatários: Alunos das escolas de ensino vocacional de música; Alunos de órgão do ensino superior e secundário.

Local: IGL (Órgão Dinarte Machado , II/P, 9 reg.) e Igreja Evangélica Alemã (Órgão Willi Peter, II/P, 21 reg.).

Prazo de Inscrição: a t é 2 4 d e F e v e r e i r o .

Programa :
Q u i n t a - f e i r a , 2 5 d e F e v e r e i r o
15:00h – 19:00h
IGL - Masterclass "As Obras para Órgão de Nicolaus Bruhns".


S e x t a - f e i r a , 2 6 d e F e v e r e i r o
10:00h – 13:00h
Igreja Evangélica Alemã - Masterclass
14:30h – 19:00h
Masterclass


S á b a d o , 2 7 d e F e v e r e i r o
11h00 – 13:00h
Visita ao novo Órgão Mathis do Mosteiro dos Jerónimos
18:00h – 20:00h
Igreja Evangélica Alemã - Masterclass
21h00
Igreja Evangélica Alemã - Concerto pela Classe de Órgão do IGL "Integral das Obras para Órgão de Nicolaus Bruhns".


Nota: Apenas 6 vagas para Executantes.

Informações:
Instituto Gregoriano de Lisboa, Avenida 5 de Outubro, 258, 1600-038 Lisboa. Telefones: 21 793 37 37 / 21 793 00 04; Fax: 21 795 04 15; E-mail:
secretaria@inst-gregoriano.rcts.pt

Stefan Baier nasceu em Passau na Baviera em 1967, tendo recebido a sua primeira formação em Órgão com Wolfgang Zerer. Concluiu estudos de Música Sacra, Órgão e Cravo em Regensburg e Viena, com Karl Friedrich Wagner, Michael Radulescu e Gordon Murray. Desde 2003 que é Professor Catedrático de Órgão na Escola Superior de Música Sacra e Pedagogia Musical de Regensburg. É organista titular das principais igrejas evangélicas do centro histórico de Regensburg, onde se inclui o famoso órgão construído por Franz Jakob Späth em 1750. Tem sido frequentemente convidado a leccionar em vários seminários sobre interpretação de Música Antiga, na Suécia, Áustria e Portugal. Faz parte de vários ensembles dedicados à interpretação de música medieval e barroca.

Nicolaus Bruhns (1665‐1697) nasceu em Schleswig‑Holstein, na Alemanha, no seio de uma família de músicos. Estudou inicialmente órgão com o seu pai Paul Bruhns, organista em Schwabsted. Aos dezasseis anos de idade foi estudar violino e viola da gamba com um tio que residia em Lubeck e foi nesse âmbito que conheceu Dietrich Buxtehude, referência incontornável da tradição organística norte‐alemã do século XVII, tornando‑se o seu melhor e mais conceituado discípulo. Tendo iniciado uma profícua carreira de organista, nos programas de concerto incluia sobretudo obras suas. Segundo descrição de Johann Matheson, Bruhns tinha também a particular habilidade de tocar peças para violino ao mesmo tempo que se acompanhava com a pedaleira do órgão. Tal como já era referido por Samuel Scheidt na sua Tabulatura nova de 1624, a Imitatio violonistica realizada pelo órgão era muito apreciada pelo gosto da época, tendo Bruhns provavelmente elevado a essa Imitatio a um patamar pouco usual. Depois de uma breve estadia na Corte de Copenhaga, foi com vinte e quatro anos nomeado organista da Marienkirche de Husum. Ao falecer apenas sete anos depois desta nomeação, deixou‐nos uma obra relativamente curta na qual se destacam cerca de uma dúzia de cantatas e seis obras para órgão. Destas constam uma fantasia coral, quatro Praeludien, e um Adagio (provável fragmento de uma obra perdida) que escutaremos em primeira audição em Portugal, depois de uma recente descoberta musicológica no Husumer Orgelbuch de 1758. Os seus Praeludien para órgão são escritos na tradição norte‐alemã do século XVII, e do chamado stilus phantasticus, no qual se alternam secções improvisadas (tocatas) com outras de denso contraponto (geralmente fugas). A genialidade da sua obra não caiu no esquecimento muito por influência do obituário de Johann Sebastian Bach. Nele é referido por Carl Philip Emanuel Bach que o seu pai era um grande admirador da música de Nikolaus Bruhns. Talvez essa referência seja o maior contributo para o elevado prestígio que Bruhns sempre manteve junto de várias gerações de organistas.